domingo, 11 de abril de 2010

Enfim um lugar para chamar de seu

Nosso passado é nossa história e nossa história faz parte de nós. Não podemos nos desfazer do que passou, o que foi ruim, tentamos, mas nem sempre conseguimos esquecer, passar uma borracha. O que é bom, mesmo que já tenha mesmo passado continua na gente, como uma tatuagem que não se pode tirar, não se pode apagar. O sofrimento deixa cicatrizes, às vezes, irreparáveis, mas quem não pode viver com uma cicatriz? Todos podemos. Por maior ou dolorida que seja, todos temos força suficiente para contornar os medos, as dores e as ilusões do passado, mesmo que essa força seja desconhecida por nós mesmos, chega um momento em que nos damos conta o quão somos fortes e de quanto podemos ser felizes mesmo com os apesares.

(...)

- Eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

Guilherme se aproxima de Marcela calmamente, se olhavam quase que hipnotizados, sorriam, estavam realizados, agora eram casados, o sonho de Marcela estava se realizando enfim.
Beijavam-se calmamente, desfrutando como podiam daquele momento que ambos tanto esperaram. Com um selinho carinhoso e demorado eles se separaram, cruzaram os dedos de suas mãos e sorriram. Olharam para trás e abriram sorrisos maiores ainda ao ver os amigos sorrindo, batendo palmas e festejando, sendo testemunhas daquele ato de amor.

(...)

Guilherme não tirava os olhos da mulher ao tirar lentamente seu vestido de noiva.
Já haviam estado juntos muitas vezes, durante o namoro e o noivado, mas aquela vez, definitivamente era diferente. Saudade, felicidade estavam misturados com outros milhares de sentimentos que ambos estavam sentindo. Agora eram casados, eram marido e mulher. Tinham um laço muito mais forte e indestrutível agora.
Se beijavam a todo momento. As bocas se acariciavam em plena sintonia, assim como as mãos tocando das partes mais comuns às mais sensíveis do corpo um do outro.
Juras de amor eram ditas durante grande parte do tempo, promessas de amor eterno eram expressadas das maneiras mais românticas e apaixonadas possíveis.
Guilherme entra em Marcela lentamente, aproveitando cada segundo daquele momento, o momento em que os sentimentos de amor e prazer misturavam-se, formando um só.
Os movimentos eram delicados. Mordidas, chupadas, lambidas também não ficaram de fora daquilo. Com o tempo, os movimentos ganhavam mais intensidade e eram acompanhados de gemidos de prazer de ambos, até chegarem ao ápice juntos.

- Eu te amo, Marcela.
- Eu te amo, Guilherme.

Guilherme separa seu corpo do de Marcela, vai até o banheiro e logo volta, se deitando ao lado da ruiva que sorria de orelha a orelha.

- Está feliz?
- E você ainda me pergunta? Só Deus sabe o quanto eu esperei por esse momento. Poder te chamar de meu.
- Sempre fui seu.
- Meu marido.
- Minha mulher.
- Te quero pra sempre!
- Pra sempre!

Eles sorriem e dão um selinho demorado.

- Te disse que ficou maravilhosa com o cabelo ruivo?
- Não disse não...
- Pois estou dizendo agora. Esta linda, pequena!
- Obrigada, meu amor.

Ficaram se olhando um pouco, sorrindo. Marcela dá outro selinho em Guilherme e deita sua cabeça no peito do marido, que começa a fazer carícias nas costas dela.

- Las Vegas...
- Nem acredito que você realizou mesmo meu sonho de tantos anos atrás.
- Eu prometi, não prometi?
- Mas que moraríamos aqui não.
- Você não sonhava com isso antes.
- Não mesmo. Mas agora, pra mim é importante.
- Se é importante pra você, é pra mim também. Las Vegas é nossa nova casa!

Marcela finalmente conseguira se sentir completa, realizada. Estava com a pessoa que amava ao seu lado. Guilherme era seu, seu marido, seu amigo, seu amante, seu tudo! E ela era tudo dele também. Enfim, podia dizer, gritar ao mundo, a quem quisesse ouvir que estava feliz, que era uma mulher feliz e mudada!
Sempre acreditara que o Brasil seria sua casa até o fim, sempre ansiou isso, mas o destino, a vida, lhe mostraram que às vezes é preciso mudar e mudar muito, no caso dela até de país para encontrar o que lhe completa totalmente...
Finalmente tinha encontrado seu lugar, o lugar que definitivamente podia chamar de seu.

FIM

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