quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mudança de hábitos

Eram cinco horas da tarde quando o despertador toca irritantemente. Marcela levanta a cabeça, toda descabelada e de mau humor.

- Inferno de despertador!

Desliga o aparelho e se levanta contra a própria vontade. A noite passada tinha sido pesada, chegara em casa às dez da manha e dormira ate agora e já teria que se arrumar novamente.
Seu novo trabalho exigiu de dela uma drástica mudança de hábitos. Antes ela acordava cedo e dormia cedo também, mas agora trabalhava a noite inteira, só chegava de manha em casa e dormia ate a tardezinha e assim por diante.

- Mais um dia, ou melhor, mais uma noite.

Pronta, Marcela pega seu crachá, sai do seu apartamento, o tranca e vai ao trabalho.

(...)

- Como começaremos a procurar a Marcela aqui?
- Cassinos *-*
- Andréa, não é hora de pensar em ir a cassinos ¬¬
- Desculpa :/
- Vamos ate a policia?
- Meu, não podemos, Flávio! Não sabemos se ela esta aqui mesmo, se ela não estiver? A policia pode nos achar uns loucos!
- Não custa nada tentar, Guile..
- Não sei, Ju... não sei.
- Pela Cela!
- Isso mesmo, Paulinho! Pela Marcela!
- Amanhã mesmo iremos ate a policia e falaremos a historia toda e se deus quiser, vamos encontra-la logo.
- Podemos ir no cassino?
- Andréa ¬¬
- Não vamos conseguir dormir direito mesmo... pelo menos conhecemos algo novo e nos distraímos um pouco... Vamos vai, por favor.
- O que acham?
- Vamos, não custa nada.
- Ok, vamos.

(...)

- Sempre quis vir a um cassino *-*

Andréa saltitava sem sair do lugar, todos a olhavam e seus amigos fingiam que não estavam vendo.

- Menos, Andréa! Menos!
- Ai, Guilherme... me deixa ser um pouquinho feliz enquanto não encontramos a Marcela!
- Feliz demais, eu diria ¬¬
- Chato!
- Bárbie!
- Não me chama assim que eu lembro dela
- Vamos encontra-la.
- Sim, vamos sim, Flávio
- Vamos para aquele lado?

Andréa chamava os amigos para as grandes e luxuosas maquinas de caça níqueis do lugar.

- Vamos.
- Vou beber alguma coisa. Alguém quer?
- Eu não quero.
- Ninguém?
- Não.
- Encontro vocês logo.
- Ok, Guile

Os quatro vão para um lado e Guilherme suspira profundamente. Não estava em clima de ‘festas’, jogatinas, nada. Só conseguia se sentir culpado pelo desaparecimento de Marcela e em como encontrá-la e também na possibilidade de não mais encontrá-la. Chegou no bar, se sentou apoiando seus braços no balcão e pediu sua bebida.

- Um drink de maçã, por favor.

continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário